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AS MEDICINAS INTERNAS

E SEUS SEGREDOS

O Segredo das Medicinas Internas nasceu de uma linda união entre 4 grandes medicinas - Ayurveda, Chinesa, Tibetana e Siddha. Por longos anos eu e Felipe recebemos os conhecimentos de tradição oral desde pequenos. Tanto minha vida como a dele começou na Medicina Chinesa, eu tinha 6 para 7 anos e Felipe desde os 7 anos quando sua tia Baby Motta o apresentou ao Mestre Liu Pai Lin.

Já, eu, Cris, recebi os ensinamentos da Lia, minha mestra na tradição da Medicina Chinesa e Taoísmo. Em 1987 conheci o mestre Liu Pai Lin e passei a receber seus conhecimentos. Eu e Felipe frequentávamos o mesmo lugar e não nos encontrávamos. Minha jornada e a dele foi muito linda. Ainda hoje, a Medicina Chinesa chega até nós por tradição oral de linhagens muito antigas e respeitadas e, por isso, seguimos atualmente com dois Shifus que nos dão aulas 2 a 3 vezes por semana onde nos ensinam muitos segredos que se mantém dentro das tradições orais.

Em 1991 já estudando exatas, conheci o Ayurveda através de um grande professor de mecânica quântica e física nuclear, que me apresentou primeiramente o Vaisheshika. Então me apaixonei por tudo aquilo e cheguei no Ayurveda com sua ajuda e não larguei mais. Minha essência questionadora me fez buscar muitas coisas sobre o que aprendi nos primeiros anos de Ayurveda. Eram conceitos que não me traziam preenchimento e, por anos, fiquei um pouco frustrada com a questão de não aceitar o comportamento dos 5 elementos e dos doshas.

Neste mesmo momento de vida, o Felipe ficou entre o eixo China e Estados Unidos, pois foi morar na Califórnia, levando na sua bagagem a Medicina e as Artes Marciais Chinesas. Mas ainda não nos conhecíamos.  Voltando para Brasil e para o Ayurveda, comecei a pesquisar lacunas que faltavam para meu entendimento em uma época que não existia Google, apenas a Barsa. E, como eu estudava a Medicina Chinesa através de caixa postal, resolvi me arriscar com a ajuda do meu professor a buscar estes conhecimentos. Ele por ser cientista e fazer doutorado na Alemanha me apresentou pesquisadores dos clássicos e meu mundo começou a ser um pouco melhor.

Em 1991, no Brasil, o Ayurveda era traduzido em massagem e falava algo com fitoterapia apenas. Não digo que foi fácil porque na verdade foi bem difícil. E continua sendo até hoje para falar a verdade. O Ayurveda deu um boom no mundo e, infelizmente, ficou confuso e dentro das caixas que conhecemos até hoje. Para mim, enquanto pesquisadora, foi bem frustrante já que não podia colocar meu conhecimento em prática.

 

Anos mais tarde, o que eu pesquisava não tinha referência de como fazer. Por outro lado, eu sem muita coragem, já que não possuía calibre suficiente para bater de frente com muitas teorias. Então, absorvi, escrevi e pratiquei o que era o padrão do Ayurveda, como as dietas para Doshas por exemplo. Sim, eu fiz mesmo que entalado na garganta, mas fiz. Meus três professores mais importantes da vida me diziam que era para eu me segurar, porque a maioria das pessoas não estavam preparadas para tantas desconstruções. Imagina desmontar os doshas com cálculos, hoje entendo o que eles queriam dizer e sinto o reflexo de desconstruir.

Então comecei a fazer um trabalho de formiguinha e foi no ano de 2011 que iniciei a tradução do Clássico Charaka Saṃhitā, e isso foi necessário para me dar coragem. A Medicina Chinesa me deu muita base, mas muita mesmo para ser questionadora, ainda mais que neste meio descobri mais duas medicinas - Tibetana e a Siddha -, e então resolvi que faria uma grande pesquisa entre pontos comuns e a ligação entre elas do conhecimento. Houve um grande intercâmbio e uma ajuda mútua. Há muitos sítios arqueológicos e provas de que isso aconteceu, fiquei ainda mais apaixonada e empenhada na minha pesquisa.

Voltando na tradução do Charaka, foi muito importante os 8 anos que demorei para traduzir, porque na verdade esse trabalho me deu coragem para desconstruir e nadar livremente ao contrário de um grande cardume. Constatei o quanto de segredos eles possuem, o quanto não se tem nada disso nas transliterações atuais e, com o grande apoio dos meus professores de tradições orais, consegui colocar as métricas do sânscrito védico e encontrar sua ligação em outros textos védicos como o Mahabharata.

Bom, mas a história não começou aí, ela começa de fato quando eu e Felipe nos reencontramos nesta existência e descobrimos que estávamos sempre nos mesmos lugares com os mesmos mestres, inclusive com Liu Pai Lin.

E há mais de duas décadas estamos juntos na caminhada e nas pesquisas, estudando diariamente e ministrando aulas diárias. Em 2000, recebi as bênçãos e a autorização do Venerável 14° Dalai Lama, para estudar e pesquisar a Medicina Tibetana. Foi através da tia Baby Motta, quem apresentou a China e o Tibete para o Felipe quando ainda tinha 5 anos. Em 2004/05 conheci Tokul Lobsang na Europa e com ele estudei diagnóstico com ênfase na leitura do fluxo de sangue nas veias e de pulsologia. Neste caminho o Felipe seguia os estudos Wu Shu e Medicina Chinesa. Em todos os caminhos de viagens e estudos sempre estivemos juntos.

No mesmo ano de 2005, quando viajávamos do sul da Itália para Milão encontramos na mesma viagem, dois Indianos de Tamil Nadu de uma família Siddha. E, após ouvir nossas histórias por 12 horas de viagem, nos apresentou a Siddha e me apaixonei, porque é a medicina que mais se parece com a Medicina Chinesa. Aquilo desmontou tudo que eu havia aprendido sobre marma - um nome comercial de Varma - onde os segredos de vórtices de energia e astrologia nunca mais foram os mesmos.

 

Então, todos estes caminhos me levaram por 28 anos a ter um consultório que nos deu muita experiência para perceber que a prática é tão importante para o poder das medicinas na saúde e cura de cada ser. Foram mais de 35 mil pessoas atendidas e que nos levaram a cada dia para um lugar de mais responsabilidade, pesquisa e estudo.

 

Neste espaço vamos falar sobre os segredos destas medicinas e dos mestres.

 

Seja bem-vindo!

Cris e Felipe

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